Cruzeiro

De Odivelas para o Mundo

Faixa Atual

Título

Artista

Atual

Ecos do Bairro

12:00 13:00

Atual

Ecos do Bairro

12:00 13:00


Hoje Celebra-se a Festa da Liberdade!

Escrito por em Abril 25, 2022

O dia em que o povo inundou as ruas ao lado dos militares

Lisboa 25 Abril 2022 – Após 49 anos continuamos a celebrar dia 25 de Abril de 1974, a data em que o país voltou a ter liberdade e despertou com uma revolução. Os portugueses nem queriam acreditar no que estavam a acontecer nas ruas das principais cidades portuguesas, com tanques e carros blindados, a derrubarem o regime ditatorial.

Começaram a ocupar posições no Terreiro do Paço, abriram caminho até ao Largo do Carmo, onde se refugiara o chefe do governo Marcello Caetano. O povo também inundou as ruas, de mãos dadas com o Movimento das Forças Armadas, uma florista do Rossio começou a distribuir cravos vermelhos que os populares colocaram nas lapelas e e os militares nos canos das espingardas. Quando o sucessor de Salazar se entregou, caiu uma ditadura de 48 anos. Começava uma nova era em Portugal.

Mas como era Portugal antes da Democracia?

No início da década de setenta estava vivo o ideário salazarista. Os ideólogos do regime insistiam no mito do «orgulhosamente sós». Mesmo na chamada “Primavera Marcelista”, uma tentativa fracassada de abertura do regime,  Marcello Caetano, que sucedeu a Salazar continuou o modo de governar em isolamento.

Qualquer tentativa de reforma política era impedida pela própria inércia do regime e pelo poder da sua polícia política (PIDE). A liberdade religiosa também estava amordaçada, todos os movimentos cristãos católicos que criticavam o regime eram imediatamente reprimidos, os membros de outras religiões que se recusavam a combater na Guiné, Angola ou Moçambique eram presos e os seus lugares de reunião encerrados pela Pide. Nos finais de década de 1960, o regime maninha suspenso os direitos de reunião de opinião e mantinha uma censura rigorosa aos meios de comunicação social. Isolava-se do ocidente de países em plena efervescência social e intelectual. Em Portugal cultiva-se a defesa o Império pela força das armas.

Para os que nasceram depois de Abril de 1974, para os que a memória começa atraiçoar, e também para os nostálgicos de uma era que esperamos que não volte, republicamos hoje um documentário da RTP, realizado a partir da série, “Portugal, um retrato social”, de António Barreto e Joana Pontes.

“Não se preocupem com o local onde sepultar o meu corpo. Preocupem-se é com aqueles que querem sepultar o que ajudei a construir.” Salgueiro Maia (Capitão de Abril).

Viva a liberdade!

Marcado como

Opnião dos Leitores

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios estão marcados com *