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Portugal primeiro país europeu a estudar os “Desertos de Notícias”

Escrito por em Dezembro 13, 2022

O concelho de Odivelas está referenciado na  condição de semi-deserto no que diz respeito a rádios e aos jornais impressos e como fora do deserto nos jornais digitais

Aveiro 13 Dezembro 2022 – A Universidade da Beira Interior, em colaboração com o Aveiro Media Competence Center, divulga o novo estudo intitulado “Desertos de Notícias Europa 2022: Relatório de Portugal”. A seguir aos Estados Unidos da América e ao Brasil, Portugal é o primeiro país europeu a estudar este assunto. A expressão ” Desertos de Notícias” surge nos Estados Unidos (“news desert”) no final da primeira década deste século, nos estudos sobre os impactos da crise do jornalismo nos media regionais referindo-se a “uma comunidade, rural ou urbana, com acesso limitado às notícias e informações confiáveis e abrangentes que alimentam a democracia em nível local”

O estudo tem como objetivo analisar quais os concelhos  continental e ilhas com projetos jornalísticos (jornais, rádios ou meios exclusivamente digitais) registados na ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação.

O estudo conclui que mais de metade dos concelhos portugueses são ou podem vir a ser desertos de notícias; os distritos de Bragança, Portalegre, Santarém, Vila Real e Viseu são onde o fenómeno se sente com mais intensidade. É nos concelhos do interior do país onde há maior falta de produção local de notícias. Não existem jornais impressos  em cerca de 60% dos concelhos de Portugal e, aproximadamente, 40% não há nenhuma rádio a veicular notícias locais e em 157 concelhos, correspondente a 51% do território nacional, não há nenhum meio de comunicação digital, revela o relatório.

A Associação Portuguesa de Imprensa tem, nos últimos anos, demonstrado as suas preocupações com a desertificação da imprensa regional e local. No passado mês de Maio, no ciclo de conferências “Repensar a Imprensa”, foram apontadas ideias e vias para evitar este fenómeno já previsto pelos e dados disponíveis em 2021. De acordo com João Palmeiro, presidente da Associação Portuguesa de Imprensa: “mais de 20% do território autárquico não tem nenhuma publicação periódica regional ou local no seu território a que se soma uma diminuição dos pontos de venda de publicações periódicas nacionais”.

  «Dois concelhos do distrito de Lisboa (12,5%) estão em algum tipo de deserto de notícias, sendo que um deles não tem nenhum meio noticioso registado. Outros dois concelhos (12,5%) estão ameaçados. São 6 os concelhos (37,5%) com meios impressos frequentes, enquanto 13 concelhos (81,3%) têm meios digitais. Oito concelhos (50%) que não têm impressos frequentes contam com outros veículos.
Um concelho (6,3%) tem apenas um meio digital.
As rádios com noticiário local produzido no concelho estão em 10 concelhos (62,5%), enquanto em um concelho (6,3%) o noticiário em rádio não é considerado
satisfatório. Em um concelho, não há informação sobre rádios».

O concelho de Odivelas está referenciado pelo estudo como estando na  condição de semi-deserto no que diz respeito a rádios e aos jornais impressos e é apresentado como fora do deserto no que se refere a Jornais digitais.

Fonte: DESERTOS DE NOTÍCIAS EUROPA 2022 | Relatório de Portugal

 

Pode consultar o relatório completo em: desertos_noticias_europa_2022_.pdf (ubi.pt)


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