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101 Anos do PCP Assinalados com Comício no Campo Pequeno

Escrito por em Março 7, 2022

Jerónimo Sousa Afirma “PCP não tem nada a ver com o governo russo e o seu Presidente”

 

Lisboa 7 Março 2022 – No discurso do comício de celebração dos 101 anos do PCP, no passado domingo, o secretario geral, garantiu que os comunistas nada têm a ver com Putin. O PCP não apoia a guerra. Isso é uma vergonhosa calúnia. O PCP não tem nada a ver com o governo russo e o seu presidente”, sublinhou Jerónimo de Sousa, ao que se seguiu um grande aplauso da arena do Campo Pequeno repleta de apoiantes do partido.

“A guerra surge cada vez mais como resposta à crise em que o sistema capitalista mergulhou. Da Palestina à Síria, do Iraque à Líbia, da Jugoslávia ao Afeganistão os povos conheceram o drama da destruição e da guerra, pela mão dos que hoje se fazem passar por pombas inofensivas e amantes da paz”, declarou Jerónimo de Sousa ao que a plateia respondeu em uníssono “Paz sim, guerra não”.

O dirigente comunista definiu os objetivos imediatos do Partido; “A luta pela paz contra a escalada da guerra, tem de ser desde já associada à luta em defesa dos direitos, à reposição e valorização do poder de compra dos salários e das pensões”.

O Partido Comunista Português foi fundado na linha da repercussão internacional da Revolução Russa de 1917. No rescaldo do fim da Primeira Guerra Mundial desenvolveu-se em Portugal, um movimento de solidariedade e apoio à causa “bolchevique”. Formaram-se vários círculos para divulgar a experiência da revolução russa, em 1919, fundou-se a Federação Maximalista Portuguesa que editou o semanário “Bandeira Vermelha”.

Em Janeiro de 1921, reuniu-se uma Comissão Organizadora dos trabalhos para a criação do Partido Comunista Português, que iniciou, em Janeiro de 1921, a elaboração das bases orgânicas da nova formação política.

O Partido Comunista Português, foi formado essencialmente com militantes saídos das fileiras do sindicalismo revolucionário e do anarco-sindicalismo.

A 6 de Março de 1921, na sede da Associação dos Empregados de Escritório, em Lisboa, realiza-se a Assembleia que elege a direção do PCP e fica fundado o Partido Comunista Português. A a sua primeira sede foi na Rua Arco do Marquês do Alegrete nº 3 – 2º Dt.º, em Lisboa, o PCP abriu, nesse mesmo ano, os Centros Comunistas do Porto, Évora e Beja.

Num Manifesto em que faz a sua apresentação pública, o Partido Comunista Português publica os 21 pontos da Internacional Comunista, que constituem a sua base política, afirmando assim também a sua adesão ao Movimento Comunista Internacional. Pouco depois forma-se também a Juventude Comunista.

Em 1922 estabeleceu contato com a Internacional Comunista (Comintern), tornando-se em 1923 a secção Portuguesa do Comintern. Ilegalizado no fim dos anos 1920, o PCP teve um papel fundamental na oposição ao regime ditatorial conduzido por António de Oliveira Salazar e Marcello Caetano.

Durante os 48 anos de ditadura, o PCP participou ativamente na oposição ao regime. Foi suprimido constantemente pela polícia política, a PIDE, que obrigou os seus membros a viver clandestinamente, sob a ameaça de serem presos, torturados ou assassinados.

A capacidade de adaptar a sua organização à conjuntura política interna e externa, e a capacidade de recuperação de uma organização política sujeita à frequente repressão e violência política, foram  fatores que garantiram a sua continuidade.

Após a revolução dos cravos, em 1974, os 36 membros do Comité Central tinham, em conjunto, cumprido 308 anos de prisão.

O PCP assume o Marxismo-Leninismo como a sua base teórica, a conceção materialista e dialética do mundo como “instrumento de análise e guia para a ação, para a interpretação do mundo e para a sua transformação revolucionária.

Uma força popular na sociedade Portuguesa, particularmente nas áreas rurais do Alentejo e Ribatejo e áreas industrializadas de Lisboa e Setúbal, lidera vários municípios e conta com um grupo parlamentar na Assembleia da República.

A sua ala jovem é a Juventude Comunista Portuguesa, membro da Federação Mundial da Juventude Democrática.

Discurso de Jerónimo Sousa no comício comemorativo dos 101 anos do PCP no Campo Pequeno:

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