MOVIMENTO “FIM AO FÓSSIL” OCUPOU A CANTINA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

Ativistas de várias universidades e secundários ocuparam na sexta feira de manhã a cantina da Universidade de Lisboa

Lisboa 27 Maio 2022 – Pelas 11 da manhã de dia 27, o alarme de incêndio da Faculdade de Ciências da Universidades de Lisboa, foi acionado por estudantes ativistas para interromper o funcionamento normal da instituição de ensino para passarem a mensagem de que “a nossa casa está a arder”. De seguida, os estudantes dirigiram-se para a cantina da cidade universitária, ocupando-a.

Na cantina lia-se numa faixa “Fim ao fóssil: Set-Out Ocupa!”, num outro cartaz “ocupar até vencer” e ouvia-se os estudantes a reivindicar pelo “fim aos combustíveis fósseis até 2030” e “fim aos fósseis no governo: demissão do António Costa e Silva”.

Depois da polícia ter identificado três alunos que estavam a protestar pacificamente, a ação deu-se por terminada após uma conversa final sobre os próximos passos do movimento, prometendo voltar a fazer mais ações de preparação e sobre como é que os estudantes e a sociedade se podem envolver.

Contam-nos os estudantes ativistas envolvidos que esta pequena ocupação temporária foi uma ação de preparação para as grandes ocupações do primeiro semestre/período do próximo ano letivo 2022/2023, que estão a ser preparadas para várias universidades e secundários de Lisboa.

O movimento em Portugal “Fim ao Fóssil: Ocupa”, dinamizado pela Greve Climática Estudantil Lisboa e aberto a todas as estudantes, surge do apelo internacional do movimento “End Fossil: Occupy” para que os jovens do movimento por justiça climática ocupem centenas de instituições de ensino por todo o mundo até a sua reivindicação pelo fim dos combustíveis fósseis ser atendida.

Leonor Chicó, estudante do Liceu Camões, afirmou que “face à inação após a greve às aulas de milhares de jovens que reivindicavam um futuro em justiça climática, vamos no próximo outono ocupar e perturbar o funcionamento normal das nossas escolas para gritar alto e bom som que sem o fim aos fósseis não há futuro.”

Já Matilde Ventura, também estudante no mesmo Liceu, complementou dizendo que “o governo não vai parar os seus projetos suicidas se não pararmos a sociedade. Por isso, vamos ocupar para desestabilizar a normalidade até que as nossas reivindicações sejam atendidas: o fim aos combustíveis fósseis até 2030, e o fim a todos os fósseis no governo, começando pelo ministro da Economia e do Mar, e Ex CEO de uma petrolífera, António Costa e Silva”.