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Jô Soares morre aos 84 anos

Escrito por em Agosto 5, 2022

Ator, humorista, escritor e diretor estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde o fim de Julho, mas é desconhecida a causa da morte.

São Paulo, Brasil 5 Agosto 2022 – José Eugênio Soares nasceu cidade brasileira do Rio de Janeiro, em 16 de Janeiro de 1938. Ator, humorista, escritor e diretor estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde o fim de Julho, mas é desconhecida a causa da morte. Trabalhou nos canais Continental, TV Rio, Tupi, Excelsior, Record, Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) e na Globo. 

A sua carreira como apresentador começou no SBT com o programa Jô Soares Onze e Meia, que esteve no ar entre 1988 e 1999. Em 2000, o humorista iniciou o seu programa mais famoso, o Programa do Jô, que teve a última edição em 2016.

Humorista, apresentador de televisão, escritor, dramaturgo, diretor teatral, ator e músico brasileiro. Apresentou de 1988 a 1999 o Jô Soares Onze e Meia no SBT e de 2000 a 2016 o Programa do Jô na Globo.

Foi o único filho do empresário paraibano Orlando Heitor Soares e da dona de casa Mercedes Pereira Leal. Pelo lado materno, foi bisneto do conselheiro Filipe José Pereira Leal, diplomata e político que, no Brasil Imperial, foi governador do Estado do Espírito Santo. Por parte de seu pai, foi sobrinho-bisneto de Francisco Camilo de Holanda, ex-governador da Paraíba.

Jô queria ser diplomata quando criança. Estudou no Colégio de São Bento do Rio de Janeiro, no Colégio São José de Petrópolis, e em Lausana, na Suíça, no Lycée Jaccard, com este objetivo. Porém, percebeu que o senso de humor apurado e a criatividade inata apontavam para outra direção.

Detentor de um talento versátil, além de atuar, dirigir, escrever roteiros, livros e peças de teatro, Jô Soares também foi um apreciador de jazz e chegou a apresentar um programa de rádio na extinta Jornal do Brasil AM, no Rio de Janeiro, além de uma experiência na também extinta Antena 1 Rio de Janeiro.

1956 — Estreia na televisão no elenco da Praça da Alegria, na época na RecordTV, onde ficou por 10 anos.

1965 — Protagoniza a única novela de sua carreira, a comédia Ceará contra 007, a trama de maior audiência naquele ano no Brasil. Também na Record.

1967 — Em “Família Trapo”, roteirizava ao lado de Carlos Alberto de Nóbrega e atuava como Gordon, o mordomo atrapalhado e descompemsado. Último trabalho na Record.

1971 — “Faça Humor, Não Faça Guerra” foi primeiro humorístico da TV Globo a contar a com a participação do comediante. O programa em meio à Guerra Fria e ao conflito do Vietnã brincava com o slogan pacifista hippie “Make love, don’t make war” (Faça amor, não faça a guerra).

1973 — “Satiricom”, novo humorístico da TV Globo, com direção de Augusto César Vanucci, realizava roteiros com Max Nunes e Haroldo Barbosa. A atração satirizava o título do filme homônimo de Federico Fellini – “Satyricon”. Na promoção do programa, todavia, diziam que era a “sátira da comunicação” num mundo que tinha virado uma “aldeia global”, expressão que esteve na moda depois dos primeiros anos da TV via satélite.

1976 — “Planeta dos Homens”, nova sátira com o cinema – desta vez, a série cinematográfica “O Planeta dos Macacos”, atuava com roteiros de Haroldo Barbosa.

1981 — “Viva o Gordo”, com direção de Walter Lacet e Francisco Milani, foi o primeiro programa solo dele. Tinha roteiros de Armando Costa. Deu origem ao espetáculo do gênero “one man show” de Jô chamado “Viva o Gordo, Abaixo o Regime” (sátira explícita ao Golpe Militar de 1964 ainda vigente àquela época). As aberturas do programa brincavam com efeitos especiais usando técnica de inserção de imagens de Jô entre cenas famosas do cinema (como em “Cliente Morto Não Paga” e “Zelig”) ou “contracenando” com políticos nacionais e internacionais, como Orestes Quercia, Jânio Quadros, Ronald Reagan etc.

1982 — Participação no “Chico Anysio Show”.

1983 Participação no musical infantil “Plunct, Plact, Zuuum”.

Comentários no Jornal da Globo até 1987.

1988 — “Veja o Gordo”, estreia no SBT com o mesmo estilo do “Viva o Gordo” da Rede Globo. Estréia nesse ano, ainda no SBT, o talk show “Jô Soares Onze e Meia” (1988–1999).

2000 — Trazido de volta para a Rede Globo, onde apresentou o Programa do Jô até 2016, e fez participação no especial de Natal do programa “Sai de Baixo” — episódio “No Natal a Gente Vem Te Mudar” (sátira ao título da peça de Naum Alves de Souza, “No Natal a Gente Vem Te Buscar”) como Papai Noel.

2018 — Participa como comentarista do programa Debate Final, no Fox Sports, debatendo sobre a Copa do Mundo FIFA de 2018.[6]

O apresentador falava, com diferentes níveis de fluência, cinco idiomas: português, inglês, francês, italiano e espanhol, além de bons conhecimentos de alemão. Traduziu um álbum de histórias em banda desenhada Barbarella, criação do francês Jean-Claude Forest. Jô Soares era católico, sendo devoto de Santa Rita de Cássia.

No dia 31 de outubro de 2014, morreu seu único filho, Rafael Soares, no Hospital Samaritano, na Zona Sul do Rio de Janeiro. No dia 3 de novembro, Jô dedicou o programa ao seu filho, em que fez um discurso contando um pouco da história dele. No dia 4 de agosto de 2016, foi eleito para a Academia Paulista de Letras, assumindo a cadeira 33, que pertenceu ao escritor Francisco Marins.

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