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AUNG SUU KYI PERDE PRÉMIO DA AMNISTIA INTERNACIONAL

Escrito por em Novembro 13, 2018

A Amnistia Internacional, retira a sua mais alta distinção a, Aung Suu Kyi, líder de Myanmar (ex. Bruma).

Em 2009, A líder de Myanmar recebeu da Amnistia Internacional, o prémio de Embaixadora de Consciência. Mas agora Aung Suu Kyi é acusada de “indiferença” perante as atrocidades cometidas contra milhares de rohingya pelo exercito Birmanês. A distinção é-lhe retirada devido “à sua consistente e clara traição aos valores que promoveu durante décadas”, pode ler-se na carta de justificação da decisão. Segundo a Amnistia,  a governante, devia ter usado a autoridade política e moral para salvaguardar os direitos humanos e proteger a minoria rohingya.

Anteriormente já tinha sido revogado a Aung Suu Kyi;  a cidadania canadiana honorária, o prémio de direitos humanos do Museu do Holocausto dos EUA, o título da Liberdade de Oxford, o prémio da Liberdade de Edimburgo.

Todos os prémios foram-lhe retirados devido à limpeza étnica e crimes contra a humanidade, cometidos pelo exército de Myanmar tendo como alvo os rohingya sem que o Governo local, que chefia, tenha feito alguma coisa para travar os massacres.

Os rohingya são cerca de um milhão de pessoas que constituem uma  minoria muçulmana num país de cerca de 60 milhões de habitante predominantemente budista. A maioria, mora de forma precária no Estado de Rakhine, palco dos episódios de violência que, o alto comissário das Nações Unidas para os direitos humanos, Zeid Ra’ad al-Hussein, já classificou de “limpeza étnica”.

O êxodo em massa dos rohyngias  não tem precedentes, diz a Organização Internacional para as Migrações (OIM) da ONU.

A crise do povo rohingya, é uma das mais antigas do mundo e também uma das mais esquecidas. O relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), levou a ONU a aprovar uma resolução em Dezembro de 2014 que exortava Myanmar a permitir o acesso à cidadania para a minoria, classificada geralmente como apátrida.

No país,  são proibidos de casar ou viajar sem a autorização das autoridades e não têm o direito de possuir terra ou propriedade.

Os rohingya, afirmam serem indígenas do Estado de Rakhine, anteriormente conhecido como Arakan, localizado no oeste Birmanês, mas há quem defenda que são muçulmanos de origem bengali migrados para Myanmar durante a ocupação britânica.

Desde 1948, após a independência Birmanesa, os rohingya têm sido vítimas de maus tratos, tortura e repressão.

 

Mapa de Myanmar

 

Bandeira de Myanmar

Myanmar ou Birmânia, oficialmente República da União de Myanmar, é um país do sul da Ásia Continental limitado ao norte e nordeste pela China, a leste pelo Laos, a sudeste pela Tailândia, ao sul pelo Mar de Andamão e pelo Canal do Coco, a oeste pelo Golfo de Bengala e a noroeste pelo Bangladesh e pela Índia.