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OPINIÃO/CRUZEIRO: E DE NOVO OS OUTDOORS

Escrito por em Fevereiro 21, 2019

E de novo os outdoors

 

Nascemos, crescemos e vivemos,num estado latente de conformismo e de uma preguiça emocional, que nos permite ter uma falsa sensação de segurança.

É,assim, mais fácil o tempo passar e com ele as preocupações do dia a dia.

Ou então,pensarmos que haverá,sempre alguém,que cuidará de nos proteger e de guiar,num campo mais metafisico.

Poucos, são os que dão um abanão no seu quotidiano e deixam de acreditar no que lhe é impingido no dia a dia.

Seja pela comunicação social, que como se sabe, de isenta e imparcial, começa a ter pouco, como pelo inúmeros outdoors e outras estruturas promocionais que invadem Odivelas, ciclicamente.

Odivelas, cidade europeia do desporto 2020…Continuamos a ter alguns eventos a avulso, não sendo propriamente da responsabilidade da câmara a sua organização, apesar, de ter que reconhecer a sua intervenção, na realização destes, no nosso concelho.

Mas e as obras de fundo, que foram prometidas?! Ficam agora remetidas para as eternas aprovações dos concursos e afins?

Esperemos para ver…

São as pequenas obras realizadas pelas juntas de freguesia, que são da sua responsabilidade e competência.

Esquecem-se do que é aprovado nas respetivas assembleias, mas depois fazem a publicidade toda ao que é da sua alçada fazer.

Por vezes, tanta publicidade, faz lembrar uma pequena anedota.

Bater palmas ou agradecer a um executivo, por fazer aquilo para o qual os eleitores e as eleitoras votaram é quase parecido a começarmos a bater palmas cada vez que um multibanco dá dinheiro, que é nosso.

Mas,o que mais me intriga, é a nova vida para o Mosteiro, que se vê anunciada por estas ruas.

Dito assim, parece que já se sabe o que ali vai acontecer, o que vai ser.

Dito assim, está decidido o destino de todo aquele edificado e espaços envolventes.

Dito assim, a suposta discussão publica, para a população de Odivelas, decidir o futuro de tão emblemático espaço, não vai acontecer.

Num jornal de Odivelas, o presidente desta autarquia, pouco ou nada desenvolveu sobre o tema. Faltam as chaves, faltam planos, falta o inventário…

Ou diria, que falta visão e de seguir com a mesma coragem, com que tomaram em mãos o destino deste emblemático espaço.

Nesta entrevista, é dado um sinal de abertura para uma pseudo sessão de esclarecimento, no inicio do mês de Março. Nada mais é dito, sobre as tais sessões públicas para Odivelas decidir, sobre o futuro do Mosteiro de São Dinis e São Bernardo.

Curiosamente, numa nova cerimónia, tão ao jeito deste edil, foram “cedidos” bens museológicos pertencentes ao acervo do extinto instituto de Odivelas, num elevado valor.

Para, manutenção, conservação, restauro e sua preservação…

Sem querer ser má língua, mas diria que escolheram o que queriam e entregaram o que não dava jeito ter…

Sem um inventário dos bens, sem plantas, sem chaves e sem grande vontade de devolver este espaço a Odivelas, continuaremos a ter um grande elefante branco, bem no centro da cidade…

Rui Santos

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