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MORTALIDADE E ONDAS DE CALOR

Escrito por em Fevereiro 8, 2022

Publicado na revista International “Journal of Biometeorology” um artigo científico sobre o aumento da mortalidade associada a ondas de calor

Lisboa 2022-02-07 (IPMA) – Foi recentemente publicado na revista International “Journal of Biometeorology” um artigo científico sobre o aumento da mortalidade associada a ondas de calor em 2020 durante a pandemia (“Heat-related mortality amplified during the COVID-19 pandemic”).

Este estudo tem como primeiro autor Pedro M. Sousa (IPMA) e foi realizado em colaboração com investigadores do Instituto Dom Luiz (Ricardo M. Trigo, Ana Russo e João L. Geirinhas) e do Instituto Ricardo Jorge (Ana Rodrigues, Susana Silva e Ana Torres), e visa contribuir para uma melhor compreensão dos impactos na Saúde Pública da exposição a eventos de temperaturas extremas.

O excesso de mortalidade não diretamente relacionado com o vírus aumentou durante a pandemia de COVID-19, onde se inclui a mortalidade relacionada com episódios de calor. A exposição a temperaturas extremas, e em particular às ondas de calor, é um fator bem conhecido relacionado com significativos picos na mortalidade (por exemplo 1981, 2003, 2013, 2018), e naturalmente um fator de preocupação relativo aos impactos na Saúde Pública das alterações climáticas. No entanto, durante 2020 este impacto acentuou-se, quando comparado com ondas de calor recentes.

Vários períodos quentes foram observados durante 2020 em Portugal, incluindo o julho mais quente registado desde 1931. Recorrendo a dados meteorológicos da reanálise ERA5, e cruzando com dados de mortalidade e admissão em urgências, a relação entre períodos de calor/frio e mortalidade foi analisada e modelada, comparando os períodos da pandemia e pré-pandemia.

A análise mostrou que uma redução significativa na busca por cuidados médicos – consequência do receio da população e/ou da redução da disponibilidade de atendimento – resultou numa amplificação de pelo menos 50% nas mortes relacionadas com ondas de calor (um excesso de cerca de 1500 mortes por exposição ao calor), quando comparado ao que seria expectável para condições meteorológicas semelhantes num período pré-pandemia sem constrangimentos.

 

 

 

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