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Martin Luther King

Escrito por em Janeiro 17, 2022

       Celebra-se Hoje Nos EUA o Dia de Martin Luther King

 

Paulo António Monteiro

Opinião
Por Paulo António Monteiro
Hoje celebra-se nos EUA, o dia de Martin Luther King. Anualmente a data celebra-se a oficialmente a 15 de Janeiro, que corresponde à data de nascimento do Dr. King, mas, o dia feriado é sempre observado na terceira 2ª Feira do mês de Janeiro.
O Dr. King, ficou na história por liderar o movimento não violento pelos direitos civis nos Estados Unidos. A 4 de Abril, de 1968 às 06h01 (hora local) King foi alvejado na varanda do seu quarto no Lorraine Motel, em Memphis no Estado do Tennessee.
Numa das iniciativas do movimento, a Marcha sobre Washington, organizada em 1963, proferiu o discurso histórico, “I Have a Dream”, “Eu Tive Um Sonho”, onde apelou ao respeito pelos direitos humanos e igualdade de todos os cidadãos.
A 28 de Agosto de 1963, nos degraus do Lincoln Memorial, em Washington, D.C, o Dr. King afirmou:
«Não nos arrastemos pelo vale do desespero. Digo-vos hoje, meus amigos que, apesar das dificuldades e frustrações do momento, ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Eu tenho um sonho de que um dia esta nação se vai levantar e viver o verdadeiro significado de sua crença: ‘Consideramos essas verdades auto-evidentes: que todos os homens são criados iguais’.
Eu tenho um sonho de que um dia, nas montanhas da Geórgia, os filhos dos antigos escravos e os filhos dos antigos donos de escravos serão capazes de se sentarem juntos à mesa da fraternidade. Eu tenho um sonho de que meus quatro filhos um dia viverão numa nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas sim pelo conteúdo de seu caráter (…).
Quando permitirmos que a liberdade ecoe, quando permitirmos que ela ecoe em cada vila e cada aldeia, em cada estado e cada cidade, seremos capazes de avançar rumo ao dia em que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão dar as mãos e cantar as palavras da velha cantiga negra, ‘Enfim livres! Enfim livres! Graças a Deus Todo-Poderoso, enfim estamos livres!».
(Extraido do discurso de Martin Luther King, I Have a Dream Eu Tenho Um Sonho, Washington, 28 de agosto de 1963).
Sabemos que a liberdade tem um preço alto e não é garantida, aqui e ali surgem resquícios da ignomínia que constitui o racismo que, nos humilha enquanto seres humanos. Daí ser importante continuar a lembrar o sonho de Martin Luther King, no nosso dia a dia, nas empresas, nas associações ou em qualquer situação que nos encontremos.
Rosa Parks, em 1955, em Montgomery, ao recusar-se a cumprir um regulamento injusto que a obrigava a ceder o lugar sentado que ocupava no autocarro, a um passageiro branco e por não se ter calado, mudou a vida de milhões de americanos e inspirou bilhões no mundo inteiro. Hoje tem uma estátua na sede do Congresso Norte Americano.
A História mostra que não nos devemos calar perante a injustiça, até porque como o próprio Dr, King dizia: “O que preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio do bons”. Ou como afirmou Edmund Burke – “Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada”.
O Arcebispo Ivan Jurkovič, há alguns anos, numa entrevista ao Vatican News afirmou sobre o Dr. King:
“Certamente foi uma personagem monumental na história da defesa dos direitos humanos.
Pode-se dizer que com ele, teve início um “período novo”, seguido também por um desenvolvimento geral da sociedade e da democracia, entre outros. Provavelmente ficará para sempre entre os grandes do século XX” acrescentou “
O Papa, acredita que o único futuro digno da pessoa humana é o que inclui todos. Devemos perseguir e defender esta visão, que é também a de Martin Luther King: todos podemos ser felizes, mas isto acontece somente quando todos são incluídos: desde o último até ao mais privilegiado e vice-versa”.
Pode assistir aqui a parte do discurso, “I Have Dream” (Eu Tenho Um Sonho) proferido em Washington DC na grande manifestação de 28 de Agosto de 1963.

Paulo António Monteiro

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