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EFEMÉRIDES: 7 DE JANEIRO – DATA DA MORTE DE D.DINIS, INÊS DE CASTRO, PEDROTO E MÁRIO SOARES

Escrito por em Janeiro 7, 2018

EFEMÉRIDES

7 de janeiro

1325 – Morreu em Santarém, D. Dinis, sexto rei de Portugal. Após a conclusão da Reconquista pelo seu pai, cuidou da Paz e definiu as fronteiras de Portugal no Tratado de Alcanizes, prosseguiu relevantes reformas judiciais, instituiu a língua portuguesa como língua oficial da corte, criou a primeira Universidade portuguesa, libertou as Ordens Militares no território nacional de influências estrangeiras e prosseguiu um sistemático acréscimo do centralismo régio. A sua política centralizadora foi articulada com importantes acções de fomento económico – como a criação de inúmeros concelhos e feiras. D. Dinis ordenou a exploração de minas de cobre, prata, estanho e ferro e organizou a exportação da produção excedente para outros países europeus, assinou o primeiro acordo comercial português com a Inglaterra e fundou a marinha Portuguesa, D.Dinis foi grande amante das artes e letras, um famoso trovador, cultivou as Cantigas de Amigo, de Amor e a sátira, contribuindo para o desenvolvimento da poesia trovadoresca na Península Ibérica. Pensa-se ter sido o primeiro monarca português verdadeiramente alfabetizado, pelo menos foi o primeiro a assinar com o seu nome e foi o responsável pela criação da primeira Universidade portuguesa, inicialmente instalada em Lisboa e depois transferida para Coimbra. O seu túmulo está no Mosteiro de Odivelas.

1355 – Foi assassinada D. Inês de Castro. rainha póstuma de Portugal, amada pelo futuro rei D. Pedro I de Portugal, de quem teve quatro filhos. Foi executada por ordem do pai deste, o rei D. Afonso IV, que cedeu às pressões dos seus conselheiros e aproveitando a ausência de D. Pedro, numa excursão de caça foi com Pero Coelho, Álvaro Gonçalves, Diogo Lopes Pacheco executar Inês de Castro em Santa Clara, conforme fora decidido em conselho. Segundo a lenda, as lágrimas derramadas no rio Mondego pela morte de Inês terão criado a Fonte das Lágrimas da Quinta das Lágrimas, e algumas algas avermelhadas que ali crescem serão o seu sangue derramado.A morte de D. Inês provocou a revolta de D. Pedro contra D. Afonso IV e após meses de conflito, a Rainha D. Beatriz conseguiu intervir e fez selar a paz. Mas uma vez aclamado Rei após a morte de seu pai, D. Pedro I perseguiu os assassinos da sua amada que mandou executar em Santarém. Segundo a lenda o Rei mandou arrancar o coração de um pelo peito e o do outro pelas costas e assistindo à execução enquanto se banqueteava, o que é confirmado por Fernão Lopes. Depois, fez coroar a título póstumo, D.Inês de Castro como Rainha de Portugal.

1610 – Galileu Galilei identificou a existência de quatro satélites de Júpiter.

1952 – Morreu o historiador Joaquim Bensaúde, investigador dos Descobrimentos portugueses.

1976 – Saiu o primeiro número do, já extinto, semanário “O País”.

1979 – Saiu o último número do vespertino “A Luta”.

1984 – Morreu Costa Pimpão, professor catedrático da Faculdade de Letras de Coimbra.

1985 — Morreu José Maria Pedroto, aos 56 anos. Jogador do Futebol Clube do Porto, foi campeão nacional com Yustrich em 1955/56 e em 1958/59 com Béla Guttman. Começou nos infantis do FC Porto, depois no Leixões já  júnior, compensava a falta de físico com um enorme talento. O serviço militar levou-o ao Lusitano de VRSA, onde começou a despertar o interesse dos grandes. Transfere-se para o Belenenses, onde se afirmou como um dos melhores médios do futebol Português. Estreia-se pela selecção nacional, em Paris. A sua transferência para o FC Porto envolveu verbas recorde para a altura. Foi o primeiro treinador Português com curso superior, com excelentes capacidades técnicas associadas a um discurso agressivo. Foi com Pedroto ao “leme”, que Portugal conquistou o seu primeiro título Europeu de juniores. Abandonou o futebol jovem para ir treinar a Académica, onde forjou grandes talentos da época, sendo reconhecido pela qualidade do futebol apresentado pela equipa de Coimbra. Depois treinou o Leixões, onde foi vitima da única chicotada psicológica da sua carreira, traído pela falta de condições oferecidas pelo clube. Treinou ainda o Varzim, que estava no seu 2º ano na primeira divisão e foi a sensação desse campeonato. Em 1966 realizou um sonho: tornar-se treinador principal do FC Porto, ficou até 1969 e venceu uma Taça de Portugal. Depois rumou até Setúbal, numa altura em que, o Vitória obteve alguns dos melhores resultados da sua história, sendo uma vez vice-campeão e uma vez finalista da Taça. Ainda se mudou para o Boavista, onde, em dois anos alcançou o 2º lugar no campeonato e venceu 2 Taças de Portugal. Voltou às Antas em 1976 para vencer dois Campeonatos e uma Taça de Portugal. Falhou o «tri» e saiu na confusão do “verão quente” para treinar o Vitória de Guimarães, onde esteve 2 épocas, obtendo um 4º e um 5º lugar. A título póstumo, em 1985 foi feito Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e dez anos depois foi feito Grande-Oficial da Ordem do Mérito

2005 – A violoncelista Teresa Valente Pereira e o maestro e compositor Álvaro Salazar receberam, respetivamente, os prémios Revelação Ribeiro da Fonte e Almada do Instituto das Artes.

2011 – Carlos Castro foi encontrado morto num quarto de hotel em Nova Iorque. O jornalista, que tinha 65 anos, foi sido espancado até à morte e castrado.

2017 –  Morreu Mário Soares, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estava internado desde 13 de dezembro. Político de profissão e vocação, co-fundador do Partido Socialista, integrou grupos de oposição ao Estado Novo, primeiro ligado ao Partido Comunista Português e depois na oposição não comunista, a Resistência Republicana e Socialista, que fundou com dissidentes do PCP. Pela sua atividade oposicionista foi detido 12 vezes pela PIDE  e deportado para São Tomé.  Nas eleições de 1969  foi cabeça-de-lista pela CEUD em Lisboa e voltou a ser forçado a abandonar o país, optando pelo exílio em França. Após o 25 de abril e no processo de transição democrática, afirmou-se como líder partidário no campo democrático, contra o Partido Comunista,  Foi ministro de alguns dos governos provisórios, ficou associado ao processo de descolonização, defendendo de forma intransigente a independência e autodeterminação das províncias ultramarinas. Venceu as primeiras eleições legislativas realizadas em democracia, foi Primeiro-Ministro dos dois primeiros governos constitucionais, o I e II governos constitucionais, este último de coligação com o CDS. A sua governação foi marcada pela instabilidade democrática, sempre em grande tensão entre o Governo e o Presidente da República e Conselho da Revolução, mas também pela crise financeira e pela necessidade de fazer face à paralisação da economia ocorrida após o 25 de Abril, que levou o Governo a negociar um grande empréstimo com os EUA Ao mesmo tempo, foi um período em que o Governo, e Soares em particular, se empenhou em desenvolver contactos com outros líderes europeus, tendentes à adesão de Portugal às Comunidades Europeias. Foi líder da oposição entre 1979 e 1983 e voltou a ser primeiro-Ministro do IX governo, do chamado Bloco Central, num período marcado por uma nova crise financeira e pela intervenção do FMI em Portugal. Posteriormente, foi Presidente da República durante dois mandatos, entre 1986 e 1991, vencendo de forma tangente, e à segunda volta, as eleições presidenciais de 1986, e com larga maioria as de 1991. Foi o primeiro civil a exercer o cargo de Presidente da República e deixou patente um novo estilo presidencial, promovendo a proximidade com as populações e a projeção de Portugal no estrangeiro.

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Este é o sétimo dia do ano. Faltam 359 dias para o termo de 2018.

Pensamento do dia: “Toda a descida em nós mesmos é simultaneamente uma ascensão, uma assunção, uma vista do verdadeiro exterior”. Novalis (1772-1801), poeta alemão.

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