EDITORIAL: A CONSUMAÇÃO DA “AMPUTAÇÃO DA LINHA AMARELA DO METRO NÃO É DE AGORA”.

A “amputação” da linha amarela do Metro de Lisboa ao Campo Grande não é de agora. A intenção tem mais de um ano, atendendo apenas à data da intenção ter sido tornada pública e de então para cá, haverá a registar as diligências efetuadas, quer pelas câmaras municipais de Odivelas e Loures, quer também, pelas deputadas da Nação, Sandra Pereira e Susana Amador na defesa da manutenção de uma ligação rápida e direta da zona a Norte de Lisboa.

Faz também tempo, que a RÁDIO CRUZEIRO assumiu como causa, a defesa da linha amarela com ainda está, mas logo nos foram dizendo que a questão era política e isso deveria ser deixado para a esfera partidária e, eventualmente, para uma associação cívica, que seria a mais indicada para liderar a onda de contestação à decisão então tomada. Não somos políticos e apesar da eventual discordância atribuída, mas não assumida pelo PAN, consideramos o que a sabedoria popular diz “a cada macaco o seu galho“.

Ontem nada de novo. O Governo apenas aprovou a despesa para uma obra sobre a qual, há muito foi  a execução decidida. O Presidente da Câmara Municipal de Odivelas queixou-se da falta de apoio dos cidadãos e tem razão. Andamos preocupados fundamentalmente com a situação no Benfica e no Sporting, consideramos que a má gestão do finado Odivelas Futebol Clube tem que ser paga pelos munícipes, vamos no embalo do “The Voice” e outras alienações e adoramos ofender-nos no Facebook e noutras redes sociais.

Tudo coisas de gente com pelo no peito. Naquilo que realmente importa, os odivelenses sempre a dormir na formatura. Recordo-vos “Deolinda”, hoje não que é domingo, vão sem mim que vou lá ter, amanhã não posso que joga o Benfica…..Depois, quando acordamos para o que aí vem, a culpa é sempre dos outros e a Câmara e logo a seguir os jornalistas estão na primeira linha dos culpados.

Da minha parte, obrigado pela consideração. Com cidadãos assim, e que alguns até advogam do alto da sua estupidez, que deveríamos ser inseridos no concelho de Lisboa, que mais precisarei eu, para voltar a considerar-me residente de um qualquer bairro da grande capital, a cidade luz da alienação.

Luis Filipe Silva