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E SE … SOFRERMOS UMA INVASÃO OU ATAQUE NUCLEAR

Escrito por em Março 24, 2022

Paulo António Monteiro
Diretor de Informação

OPINIÃO

Por

Paulo António Monteiro

«Quando o mar se zanga com a rocha quem se lixa é o mexilhão»

Odivelas 24 Março 2022 – A hipótese remota até um mês atrás, afinal não parece hoje tão inverosímil. Com a invasão da Ucrânia, ordenada por Putin e o escalar da guerra, um período de paz de 77 anos foi quebrado na Europa. Um conflito nuclear está na ordem do dia, por isso impõe-se a pergunta: Para onde ir se o pandemónio nuclear se instalar?

Pela primeira vez desde o fim da II Guerra Mundial, um pais independente foi invadido por outro, ainda por cima detentor do maior arsenal atómico do mundo.

Como membro da NATO, Portugal, não está naturalmente imune a um ataque dessa natureza, mas pouca ou nenhuma informação temos disponível sobre o que fazer em caso de um ataque nuclear ao nosso país.

Mesmo se formos vitimas de um ataque convencional não atómico, como nos podemos proteger? Para onde nos devemos dirigir? Como seremos avisados da iminência de um ataque? A resposta crua e nua é: Não sabemos!  Muitos dirão sem hesitar: Isso nunca vai acontecer! Recordamos que acerca de um mês atrás muitos ucranianos diziam o mesmo.

O exemplo da Suíça

Alguns países têm-se preparado para uma catástrofe nuclear. Em alguns países Europeus e na América do Norte, existem bunkers para proteção das populações na eventualidade de um ataque nuclear. Calcula-se que mais de seis mil estão espalhados em cidades e lugares remotos do mundo ocidental. Mas nenhum país está tão bem protegido como a Suíça.

Num contexto de neutralidade, a Suíça, não pertence a nenhum bloco militar. No entanto, tem um sistema de autodefesa, onde todo cidadão adulto tem uma arma e é regularmente treinado em defesa militar, integrados no exercito num sistema de auto defesa complementado por extensa rede de bunkers.

A Suíça, é o único país do mundo com abrigos nucleares capazes de acomodar toda sua população, caso um dia isso seja necessário.

“Da mesma forma que cada cidadão deve ter um abrigo que, da sua residência possa ser alcançado rapidamente”, os “proprietários de apartamentos são obrigados a construir refúgios em todos os novos edifícios”, de acordo com os arts. 45 e 46, da Lei Federal Suíça sobre Proteção Civil. Esta é a razão pela qual a maioria dos edifícios construídos a partir da década de 60 (a primeira lei sobre o assunto foi aprovada em 4 de Outubro de 1963), já possui um abrigo atômico de origem.

Em 2006, havia 300 mil abrigos em residências, instituições e hospitais, bem como 5.100 abrigos públicos, proporcionando proteção para um total de 8.6 milhões de cidadãos – um grau de cobertura de 114% que exece toda a população Suíça.

A construção de abrigos atômicos, durante a segunda metade da década de 60, foi provocada pelo receio de um ataque nuclear e pelo fantasma de uma invasão soviética. “A neutralidade não dá garantias contra a radioatividade”, era um dos slogans da campanha na época. Como podemos testemunhar com a “intervenção russa” na Ucrânia, o fantasma de uma invasão voltou agora pela mão de Vladimir Putin.

O pico da construção de abrigos antinucleares foi atingido em meados da década de 70, com uma média anual de cerca de 400 mil lugares protegidos. Atualmente, todos os anos são construídos na Suíça cerca de 50.000 abrigos.

Os Suíços dizem que, todo o cidadão, quer seja lavrador, advogado, padeiro ou banqueiro está apto a defender o seu país. Mas como foi tomada a decisão da autoproteção da sua neutralidade?

Pode saber mais sobre a história da defesa da neutralidade Suíça no vídeo a seguir:

O caso da Finlândia

Outro exemplo de proteção dos seus cidadãos será a Finlândia, os abrigos anti bombas podem proteger 3 milhões de pessoas. Helsínquia, a capital, pode proteger todos os seus habitantes e também os moradores nas zonas circunvizinhas. Os parques de estacionamento subterrâneos podem em 72 horas ser transformados em abrigos. Uma lei de da construção de edifícios obriga a que todas os prédios tenham abrigos suficientes para todos os moradores.

Em tempos de paz alguns dos maiores abrigos, a 70 metros de profundidade, são utilizados pela população para prática do desporto como está demonstrado no vídeo a seguir clique em:

https://globoplay.globo.com/v/7218605/

Há também projetos privados de verdadeiro condomínios protegidos de um ataque atómico. O Europa One, é um desses casos, onde os bilionários se poderão esconder. Esse bunker em Rothenstein, na Alemanha, é um antigo bunker da Guerra Fria, que foi transformados numa cidade subterrânea de luxo inigualável. Algo que pode se comparar a um navio cruzeiro de luxo.

No entanto, mesmo tendo dinheiro para pagar o preço de todo esse luxo, a entrada não é garantida. Um potencial morador do Europa One tem que se candidatar a morador para depois passam por processo complexo de seleção. Apenas após esse processo é que a empresa seleciona os melhores habitantes para o abrigo. pode ver aqui um vídeo promocional do empreendimento:

E aqui, sim aqui em Odivelas ou Lisboa, como nos vamos proteger em caso de ataque! Dizia um famoso estratega militar “que quem quer paz prepara-se para a guerra”. Estamos nós preparados?

«Quando o mar se zanga com a rocha quem se lixa é o mexilhão» (Ditado Popular)


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