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COVID 19 – PORTUGAL ENTRA NA SEXTA VAGA

Escrito por em Maio 11, 2022

A eliminação do uso de máscaras e do teletrabalho aumenta contágios Covid 19.

Odivelas 11 Maio 2022 – Portugal registou mais de 20 mil novos casos de covid-19 na passada 2º. Os dados da vigilância diária da Direção Geral da Saúde, registam um aumento semanal superior a 30%. Os testes ao deixaram de ser gratuitos e diminuíram drasticamente. Mesmo assim, com o encerramento da maioria dos centros de testes espalhados pelas cidades e os testes a serem pagos pelo utente, quatro em cada dez testes ainda realizados dão positivo.

A subida de infeções tem sido ligada pelos especialistas que acompanham a pandemia ao fim de restrições e ao fim do uso obrigatório da máscara.

O aumento da pressão nas urgências e da procura de testes, que deixaram de ser gratuitos, e as dificuldades em contactar a linha SNS24, indiciam que podemos estar no início da sexta vaga de covid-19, em Portugal. Essa possibilidade,  “começar a desenhar-se de forma muito intensa “, revela o relatório do grupo de trabalho do Instituto Superior Técnico que acompanha a evolução da Covid-19 em Portugal revelado pela Lusa.

A eliminação do uso de máscara aumentou as infeções em Portugal, que atingiu um índice de transmissibilidade (Rt) de 1,17, poderá registar uma sexta vaga de Covid-19, indica um relatório do Instituto Superior Técnico sobre a pandemia.

Segundo esta avaliação de risco da pandemia calculado por Henrique Oliveira, Pedro Amaral, José Rui Figueira e Ana Serro, deste grupo de trabalho coordenado pelo presidente do Instituto Superior Técnico, Rogério Colaço, “a atual situação é de aumento do perigo pandémico face ao anterior relatório” de 19 de Abril.

Ainda de acordo com o documento, a eliminação do uso de máscaras “parece ter tido um efeito muito acentuado na subida de casos atual”, uma medida está a provocar um “excesso de contágios” em ambiente laboral.

“A sua eliminação em contexto laboral e a não recomendação de teletrabalho quando este é possível, provoca um excesso de contágios que, segundo os nossos modelos, está a contribuir fortemente para a subida presente” de infeções, sublinha ainda o relatório do Instituto Superior Técnico.

Recordamos que uso generalizado de máscaras deixou de ser obrigatório a partir de 22 de Abril, com exceção dos estabelecimentos de saúde, farmácias, lares de idosos, serviços de apoio domiciliário, unidades de cuidados continuados e transportes coletivos de passageiros.

Face à “tendência de agravamento significativo” da pandemia em Portugal, os especialistas admitem que “provavelmente contribuirá” para o aumento da mortalidade nos próximos 30 dias.

O Hospital de São João, no Porto, revelou ontem que na passada segunda-feira foi batido o recorde de admissões na urgência do hospital, com 1022 casos num só dia. O recorde tinha sido de 1003 admissões, em 2008.

Nelson Pereira, diretor da Unidade Autónoma de Gestão de Urgência e Medicina Intensiva do Centro Hospitalar de São João, relatou um “aumento desmesurado” de doentes com queixas respiratórias e suspeitas de covid-19, e admite que a situação pode piorar com os festejos do título de Campeão de Futebol recentemente conquistado pelo Futebol Clube do Porto e pelas celebrações estudantis da Queima das Fitas, que juntaram milhares de pessoas.

Embora oficialmente a DGS ainda não tenha feito o ponto de situação sobre lares, é conhecido o aumento de infeções em todas as idades nos lares e unidades de cuidados continuados.

Em Abril, a mortalidade devido ao covid-19 em Portugal, foi cinco vezes superior ao mesmo período do ano passado.

 

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