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CONSELHO DE ESCOLAS MÉDICAS CRITICA A POSIÇÃO DA DGS SOBRE O USO GENERALIZADO DE MÁSCARAS

Escrito por em Abril 3, 2020

Fausto Pinto, presidente do Conselho de Escolas Médicas Portuguesas (CEMP), critica a posição da Direção-Geral da Saúde sobre as máscaras de proteção e defende que o argumento de que não protegem contra o Covid-19 não é verdadeiro.

“Está demonstrado que a utilização das máscaras diminui o potencial de contaminação. O que nos incomodou na posição da Direção-Geral da Saúde (DGS) foi o argumento utilizado: de que não era eficaz. Isto não é verdade. O que temos é que não há máscaras suficientes e, por isso, arranjou-se um artifício, uma desculpa, dizendo que as máscaras não são eficazes”, afirma, em entrevista à Lusa, o líder do conselho que reúne a academia portuguesa na área da medicina.

Fausto Pinto recorre ao exemplo da República Checa, “um país com a dimensão de Portugal”, para explicar que a política checa de utilização obrigatória de máscara de proteção resultou em “metade dos casos e cerca de 40 mortos” provocados pelo novo coronavírus, reiterando ainda que se ensina “em dois minutos” a população a usar uma máscara corretamente.

Ao mesmo tempo, Fausto Pinto lamenta os poucos testes que se fizeram nas primeiras semanas da pandemia. “Talvez tivesse sido importante haver um planeamento mais atempado, de forma a ter esses equipamentos disponíveis e também os mecanismos de avaliação dos doentes, que em alguns hospitais não foram os ideais. A situação parece estar mais estabilizada, mas houve um período em que muitos profissionais estavam a trabalhar em condições abaixo do exigido. Houve um atraso no reforço desses equipamentos e dessas condições”, afirmou.

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