CDU PROMOVEU FÓRUM DE DISCUSSÃO SOBRE A LINHA CIRCULAR DO METRO

Ensina-nos a vida que, por vezes, é preciso voltar atrás, para que não seja o tempo a fazê-lo e que é no estudo e no conhecimento que assentam as boas decisões, sobretudo quando se trata da coisa pública que a todos importa e que a todos custa.

O crescimento da Grande Lisboa ao longo dos anos nunca foi circular, antes pendular e se colocarmos uma mão aberta sobre a planta da zona com o polegar na zona mais a ocidente e o mindinho no extremo mais ocidente percebemos que são os outros dedos que nos indicam a direção desse crescimento pendular.

Por isso, Manuel Gouveia está convicto que a linha Circular do Metro é uma má ideia, que vai contra a natureza da própria geografia da cidade e mais não será que, “um carrocel de turistas”

Para o vereador Rui Francisco, a mobilidade é um direito e o não prolongamento da linha Amarela a Loures faz de Odivelas um enorme parque de estacionamento a céu aberto. Sustenta o vereador que é uma obra e um investimento desnecessário que não serve as populações, pelo que em causa estarão outros interesses, acrescentando ainda a importância de  que o Metro passe em Odivelas e não que fique em Odivelas.

Já do ponto de vista dos trabalhadores, Ilberto Teixeira da Comissão de Trabalhadores do Metro e maquinista de profissão faz notar que durante um período de trabalho que dura três horas e pode mesmo ir até às três horas e meia desaparecem os momentos de descompressão, o que a somar ao movimento rotativo e constante na mesma direção durante um período longo, pode colocar em causa a segurança dos passageiros.

A vereadora Maria da Luz Nogueira, lamenta alguma apatia da população, face à falta de informação e à desinformação, garantindo a necessidade de vir para a rua, alertar e informar sobre o que está para vir e mobilizar os odivelenses em defesa do seu futuro.

Paulo Bernardo e Sousa, um dos primeiros subscritores da petição “Em Defesa da Linha Amarela”, também considera que é preciso fazer chegar a verdade às pessoas. A Linha amarela vai mesmo ser cortada e será sempre mais fácil e mais barato evitar um erro do que depois ter de o desfazer, e envolver outras populações nesta luta, gente de Loures, da zona norte de Lisboa, de Telheiras e até da Estrela, onde a população já se organiza contra a linha circular.