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BLOCO DE ESQUERDA QUESTIONA GOVERNO SOBRE A GRAMAX

Escrito por em Janeiro 10, 2018

O Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre a dramática situação vivida pelas trabalhadoras da fábrica da Têxtil Gramax Internacional, em Sacavém, exigindo saber, entre outros, que apoios estão a ser assegurados aos trabalhadores e trabalhadoras com salários em atraso.

O grupo parlamentar do Bloco inquiriu ainda o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sobre a existência de medidas com vista a impedir que a administração da empresa delapide o património da fábrica e sobre quais as formas de intervenção previstas para travar o encerramento da unidade de Sacavém e garantir a manutenção dos postos de trabalho.

Os bloquistas querem ainda saber de que forma foram aplicados os apoios públicos facultados à Têxtil Gramax Internacional e que tipo de garantias e contrapartidas foram exigidas à empresa.

Urge uma resposta que garanta a manutenção dos postos de trabalho, bem como apoio social aos trabalhadores com salários em atraso, alguns dos quais há vários meses, apontou Fabian Figueiredo, dirigente nacional do Bloco e candidato à Câmara Municipal de Loures nas últimas autárquicas, tendo  acrescentado que “a ausência de uma resposta eficaz por parte do Estado acarreta prejuízos sociais irreparáveis para estes trabalhadores e para o concelho de Loures, sendo certo que a empresa tem que justificar que medidas está a tomar com vista à sua viabilização, atentos os apoios que recebeu e o investimento que alegou ter feito“.

Recorde-se que a Têxtil Gramax Internacional entrou em processo de insolvência, após a administração ter anunciado, perante o ministro da Economia e o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares, o investimento de um milhão de euros na fábrica e não obstante os apoios estatais recebidos e face à delapidação do património poderemos estar perante uma situação de insolvência fraudulente.

Em dezembro de 2017, os trabalhadores manifestaram-se em Lisboa, solicitando apoio, tendo em conta os salários em atraso e o processo de insolvência. Segundo denúncias várias, bem como as informações, quer da autarquia, quer das estruturas representativas dos trabalhadores, 500 postos de trabalho estão em perigo e há sérios riscos de delapidação do património da empresa por via da retirada de material da fábrica, de automóveis e até mesmo de peças de roupa.

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