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Passaram 80 Anos Sobre a Data da Reunião Que Organizou o Holocausto

Escrito por em Janeiro 21, 2022

Passaram 80 anos da data da reunião de 90 minutos que organizou e planeou a logística do Holocausto

Berlin 20 Janeiro 2022 – Ontem passaram 80 anos sobre a data em que se realizou a reunião de 90 minutos, numa vivenda na margem do lago Wannsee, na parte ocidental de Berlim, onde o Holocausto foi planeado, em redor de uma mesa de petiscos e conhaque. Havia apenas um ponto na ordem do dia: “Os passos organizacionais, logísticos e materiais para uma solução final da questão judaica na Europa.”

 

Dachau entrada no 1º Campo de concentração do regime Nazi (Foto de Paulo António Monteiro)

As atas da reunião foram escritas numa linguagem técnica, não se referem explicitamente a assassinato, usam frases como “evacuação”, “redução” e “tratamento”. Mas, nunca houve dúvidas sobre o que foi decidido: “A completa eliminação dos judeus europeus”, como admitiu e escreveu Joseph Goebbels, o ministro da propaganda de Hitler, depois de as ler.

 

Dachau entrada para camara de gás. (Foto de Paulo António Monteiro)

 

O aniversário tem uma dimensão especial na medida em que o número de sobreviventes do Holocausto diminui, o antissemitismo e a ideologia da supremacia branca estão a ressurgir na Europa e nos EUA. Ainda na semana passada quatro pessoas foram mantidas reféns numa sinagoga no Texas, nos EUA, enquanto os crimes antissemitas também aumentam na Alemanha.

Reproduzimos aqui cópia da notícia publicada em 21 de Março de 1933, sobre a inauguração do campo do Neue National-Zeitung onde Himmler declara que o campo, projetado inicialmente para 5 000 pessoas, serviria para prender Comunistas, Sociais Democratas e outros banidos do regime nazi.

O Holocausto provocou a morte de cerca de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial, no maior genocídio do século XX, através de um programa sistemático de extermínio étnico patrocinado pelo Estado nazi, liderado por Adolf Hitler e pelo Partido Nazi e que ocorreu em todo o Terceiro Reich e nos territórios ocupados pelos alemães durante a guerra.

Dos nove milhões de judeus que residiam na Europa antes do Holocausto, cerca de dois terços foram mortos; mais de um milhão de crianças, dois milhões de mulheres e três milhões de homens judeus morreram durante esse período.

Entre as principais vítimas não judias do genocídio estão ciganos, comunistas, homosexuais, polacos  prisioneiros de guerra soviéticos, Testemunhas de Jeová e deficientes físicos e mentais.

Segundo estimativas recentes baseadas em números obtidos desde a queda da União Soviética em 1991, um total de cerca de onze milhões de civis (principalmente eslavos) e prisioneiros de guerra foram intencionalmente mortos pelo regime nazi.

Uma rede de mais de quarenta mil instalações na Alemanha e nos territórios ocupados pelos nazis foi utilizada para concentrar, manter, explorar e matar judeus e outras vítimas. A perseguição e o genocídio foram realizados por etapas. Várias leis para excluir os judeus da sociedade civil — com maior destaque para as Leis de Nuremberg de 1935 — foram decretadas na Alemanha antes da eclosão da Segunda Guerra Mundial na Europa. Campos de concentração foram criados e os presos enviados para lá foram submetidos a trabalho escravo até morrerem de exaustão ou por alguma doença.

Quando a Alemanha ocupou novos territórios na Europa Oriental, unidades paramilitares especializadas chamadas Einsatzgruppen assassinaram mais de um milhão de judeus e adversários políticos por meio de fuzilamentos em massa. Os alemães confinaram judeus e ciganos em guetos superlotados, até serem transportados em comboios de carga, para os campos de extermínio, onde, se sobrevivessem à viagem, a maioria era sistematicamente morta em câmaras de gás. Cada ramo da burocracia alemã estava envolvido na logística que levou ao extermínio, o que faz com que alguns classifiquem o Terceiro Reich como um “Estado genocida”.

Os historiadores, estimam que entre 220 000 e 500 000 romanis (ciganos) foram mortos pelos alemães e seus colaboradores no Porajmos (Holocausto Cigano), número que representa entre 25% a 50% da população total de ciganos na Europa na época.

Recordamos que as Nações Unidas, aprovaram na quinta-feira uma resolução israelita a condenar a negação e a distorção do Holocausto e do genocídio nazi.

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